terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Filme: Crepúsculo, Lua Nova

Venho aqui questionar a reportagem da ACI Digital e de comentários feitos em meios Católicos sobre o filme Luz Nova e seu predecessor Crepúsculo.

Gostaria de esclarecer algo importante: o L´Osservatore Romano não é a voz oficial do Vaticano em fé ou moral e, logo, falível. Basta uma breve olhada nos artigos do órgão, como esse reportado mais uma vez pela ACI cujo título "Jornal vaticano recorda Obama de que os EUA é um país cada vez mais pró-vida" é claramente falso. Não estou aqui questionando o papel do LOR, mas sim de seus escritores falíveis.

Acho ainda, que a reportagem em si contradiz o título, pois não coloca em cheque totalmente o filme. Na verdade até o elogia em alguns parágrafos.

Coloco ainda a opinião da USCCB, o equivalente da CNBB nos EUA, que não coloca impecílios maiores no filme, a não ser indicá-lo apenas à adultos e adolescentes. E também da ACBC - equivalente da mesma organização dos Bispos Australianos.

Nenhum deles vê o filme (ou os livros relacionados) detalhadamente e não devem ser considerados como voz final na nossa decisão. Todos devem ser colocados na luz da razão e doutrina Católica.

O fato é que nenhum deles menciona, por exemplo, que a atriz principal está longe de ser um modelo para as jovens adolescentes cujo filme se destina - e com muito sucesso. E que nunca deve ser considerado como tal - um modelo de adolescente para nossos filhos.

Outro ponto a considerar é que como Católicos, não devemos ter a mesma visão fundamentalista de nossos irmãos Protestantes/Evangélicos. Nela, se há algo mal em alguma coisa, deve ser evitado. Por exemplo, Vampiros são maus e por isso não devemos assistir filmes de Vampiros. Ora, isso não é ser Católico! O Católico sabe distinguir entre a fantasia e o real, entre o que é bom e o que e mau, e não está tolido de ler livros ou ver filmes de ficção. Se assim fosse, J.R.R Tolkien, um dos maiores autores Católicos, estaria banindo sua obra (o Senhor dos Anéis) dos fiéis.

O importante é que o bem e o mal estejam bem divididos na obra e não confundidos entre si. E saber que, ainda que o mal iluda e vença algumas vezes, a batalha já está ganha pelo bem.

Isso é claro parte do princípio que os Católicos sejam bem informados de sua fé - o que sabemos bem que infelizmente não é verdade.. Logo o uso da razão para distinguir e orientar.

Finalmente dou minha opinião pessoal pois assisti ambos filmes: não há nada que impeça uma mente bem treinada de assistir esse filme. Definitivamente não é indicado à crianças ou adolescentes mais jovens em geral (exceções podem existir). Para pais de adolescentes que sigam a fé, basta uma conversa franca para retirar qualquer dúvidas. Aliás, eu achei até interessante a forma como os "bons vampiros" lidam e se importam com a alma da protagonista, e claramente afirmam a existência do inferno e da condenação de suas almas para a eternidade - ensinamentos Católicos.

O filme não é Católico e nem se destina a ser. Mas uma coisa podemos todos concordar: ele ao menos não fala mal da Igreja - o que virou cliché hoje em dia.

Abraços fraternais,

Em Cristo.


Um comentário:

Anônimo disse...

Parabéns pelo texto! Não sou adolecente mas amei os livros e os filmes da saga Crepúsculo. Bata lermos com olhos críticos. Como foi dito no texto ficção é ficção.
abraço
Maria Aparecida